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nenhum país
pra me associarem
ou me atribuírem.
nenhum país
pra ter todos os direitos.
tchau, amigos!
fico com seus fantasmas.
nas cidades de brunch
eu continuo com medo
mesmo com privilégio.
nacionalidade:
brasileira, mas não sinto
que tenho raízes.
vim pra lisboa,
e o trauma de lá
também tem aqui.
tenho a vida e somente.
a morte vi pouco
- 11 17 20 28.
como recomeçar sem ter
aquela pessoa por perto?
não dá, em nenhum país
eu me encaixo.
nenhum país
para ser encontrado
ou se fixar.
quando eu for embora,
será sem passaporte.
só morte,
movimento imediato,
teletransporte.
não preciso de nenhum país,
eu tenho amor próprio
e alguns amigos, eu acho.
vamo f1?
me encontra na praia
pra olhar a paisagem
seja camburi ou algés,
ou outra,
pois não preciso de nenhum.
